domingo, 20 de setembro de 2009
O AEROPORTO
Altos chefes do Exército e Aeronáutica com as suas esposas participavam, junto da Funai, e outros representantes de entidades com atividades na área indígena, na inauguração de uma pista para aviões, numa das maiores aldeias da região.
Construída por soldados, foi considerada como de grande importância para o desenvolvimento da comunidade, um projeto que, de dar certo, seria estendido a outras aldeia da nação indígena.
Uma grande conquista para as aldeias e para o Estado brasileiro que teria a oportunidade para assisti-los mas eficazmente com remédios, vacinações, atenção dentearia, educação e especialmente, neutralizar, com isto, a entrada de brancos em procura da exploração clandestina de madeira e minerais, especialmente ouro.
O planejamento foi feito pelo exercito e a Funai, a execução ficou por parte das senhoras que se encarregariam do bufê e a decoração geral do evento.
As senhoras estavam encantadas com a idéia. Por primeira vez estariam num evento em plena selva e, o mais importante, recepcionar as autoridades brancas e indígenas.
Mesas cobertas com toalha de mesa branca, talheres e cristaleria completos; flores, salgados, doces e boas bebidas foram trazidos especialmente. Carnes de animais selvagens, preparados por um cozinheiro da CVRD, fizeram do cardápio todo o exótico que a imaginação permitiu, uma situação tão especial com uma lista bem selecionada de convidados faziam pensar em um momento único nas relações entre duas civilizações tão antagônicas.
Tudo foi desenvolvendo-se com a normalidade desejada e esperada.
Quando as mesas estavam prontas e todo encontrava-se preparado a espera de que chega-se o avião oficial com a maior parte dos principais convidados, um sinal imperceptível do chefe Paiacan, fez que, como por arte de mágica, do meio da floresta, surgiram índios, mulheres, e crianças da tribo.
Eles investiram contra as mesas e em poucos minutos devoram tudo. Como se uma praga de cafanhotos tivesse entrado numa plantação de alface. Todo o mundo correu à procura de ser protegido entre os gritos femininos de terror e o intento de acalmar aos homens. Mas, também, assim como chegaram explosivamente, surprecivamente, como por passe de mágica, desapareceram na floresta.
A surpresa causada nas senhoras, nos maridos militares e os civis que se encontravam presentes, foi tal, que
foram necessários vários minutos para reagir do impacto daquela loucura.
O único que se manteve impávido, incrivelmente calmo, foi o chefe da tribo, que se mantinha em pe, frente às mesas totalmente em desordem e vazias.
- Chefe, desculpa, você não podia ter detido essa ação? – perguntou-lhe um militar de alto grão, pálido e visivelmente irritado.
- Pista...feita para eles... porque não...convidaram para a festa. Acho... que gostaram ...e muito.
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eu já admirava o poeta, agopra admiro o cronista.
ResponderExcluirque bonitos retalhos, insights de realidade descreveste. Esta de parabéns meu caro... aqui lendo meio que embasbacado. tens uma grande capacidade de retratara, de colocar em textos de facil leitura, gostosos de ler, esses retalhos todos.
Um grande e forte abraço a ti meu querido.
daufen bach.
Conhecendo mais de voce...
ResponderExcluirCada blog, uma surpresa...
Bjs
... ...traigo
ResponderExcluirsangre
de
la
tarde
herida
en
la
mano
y
una
vela
de
mi
corazon
para
invitarte
y
darte
este
alma
que
viene
para
compartir
contigo
tu
bello
blog
con
un
ramillete
de
oro
y
claveles
dentro...
desde mis
HORAS ROTAS
Y AULA DE PAZ
TE SIGO TU BLOG
CON saludos de la luna al
reflejarse en el mar de la
poesia ...
AFECTUOSAMENTE
RETHALOS DA VIDA REAL
jose
ramon...